RESIDÊNCIA OU GALERIA DE ARTE CONTEMPORÂNEA?



As irmãs Hariri - Morjgan e Gisue-, conhecidas por projetos que implicam grandes programas de arte, a pedido de amigos projetaram uma residência-galeria, refazendo dois apartamentos contíguos localizados em um prédio de 1971, em Nova Iorque.

Essas irmãs são conhecidas por projetar uma Casa Digital em 1998, sendo que na época era um sonho repleto de sensores, papéis de parede digital. O experimento, no entanto, foi o trampolim para exibirem seus trabalhos no Museu de Arte Moderda de Nova Iorque-MOMA.

A história do projeto da residência-galeria seria igual a muitas outras: uma casa com dois adolescentes, uma criança, pai, mãe. Mas houve um dos membros da família cujas necessidades triunfaram sobre os outros — uma coleção notável de objetos de arte.

"Para viver com a arte ao redor de todos, a casa teve que ser projetada a partir dessas obras," disse a dupla. Dessa forma a iluminação foi pensada diferente, bem como o espaço nas paredes.



A arte começa pelo corredor de entrada, dominado por um mural preto no branco, de figuras caminhando, feitas por Julian Opie.    No piso se vê o bege da pedra calcárea, nas pareces um branco cremoso, tons terrosos e painéis de compensado em tonalidade dark wenge que aparecem nas paredes e no teto. Sutilmente o material de compensado se repete de maneiras diferentes para chamar a atenção dos objetos de arte ou demais elementos do projeto, de forma que essa continuidade cria uma certa serenidade.


À esquerda da entrada está a cozinha, dominada por uma ilha de placas de mármore, construída ao redor de uma coluna estrutural quadrada, também revestida pelo mesmo mármore. Apoio de num lado por gabinetes em zebrawood e bluestone. O mármore branco com veios em azul-acinzentado é completentado pelo o aço inoxidável nos detalhes e eletrodomésticos, e o vidro fosco na frente dos gabinetes.


A suite master é um dos muitos espaços onde o mobiliário divide as áreas de dormitório e de estudo, neste caso um banco faz esta função divisória. O banheiro apresenta placas de pedra calcárea, no piso e no banco de apoio. Uma das paredes completamente coberta em seixos brancos parcialmente afundados no cimento. Acima da banheira há de placas de madeira, que cria um constrate e aconchego como um dossel.


Na sala de estar uma peça de madeira rústica faz a função da base da mesa de centro, que é uma caixa de vidro, do design John Houshmand. Na parede há um painel com um de nicho espelhado retangular, como uma lareira.
No espaço da sala de jantar o humor de três impressões de Damien Hist, ligados pelos seus temas farmacêuticos. No lado oposto, um buffet em branco laqueado, construido na parede, abaixo da fotografia de Shirin Neshat. No centro do ambiente, um lustre retangular de cristal dá a elegância. Cadeiras de Philippe Starck em couro de jacaré.


Enfim, por todo o canto, neste apartamento é possível ver objetos de arte contemporânea, seja nas paredes, nos balcões, no design dos móveis, contudo o resutaldo é muito amigável, aconchegante e prático.